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sábado, 1 de agosto de 2009

César Cielo podia ser eu...

É César Cielo pra lá, César Cielo pra cá. Orgulho nacional na carência de um Ayrton Senna. Mas, diga-me, pra que servem tantas medalhas? Estragam a decoração de qualquer casa essas coisas penduradas nas paredes.

Bem, o que eu quero dizer é que eu podia estar sendo César Cielo, sabia? Eu também já tive a minha época de natação. Eu devia ter os meus 12 anos. Foi conselho do meu pediatra pra acabar com minha vida sedentária. Felizmente, eu tinha conseguido fugir daquela época de 'meninas no ballet, meninos no judô' - eu teria levado uns bons supapos. Foi aí que escolhi natação - eu queria aprender a nadar. Já era hora.

Só tinha um probleminha: o lugar que minha mãe me matriculou separava as turmas por idade e não por habilidade. Concluíam que um garoto de 12 já sabia nadar. Concluíram errado. Minha mãe explicou pra eles que eu era um zero a esquerda. Fui parar na segunda turma - a das criancinhas de 5 anos. Abaixo dessa turma, só a dos bebês. Não preciso dizer como eu me sentia, né? Eu tendo aulas com crianças que ainda não haviam sido alfabetizadas. Naquela época, eu já resolvia equações!

Essa foi uma fase bem vergonhosa, porque eu conseguia ser pior que todas aquelas criancinhas juntas. Quantas barrigadas eu dei! E o esforço que eu fazia pra atravessar a piscina mais rápido do que aqueles pivetes? Afinal, eu era maior. Tudo em vão - eles eram melhores mesmo assim. E as mães deles todos assistiam às aulas e me olhavam como se eu fosse uma aberração invadindo o jardim de infância. Depois de três semanas, fui transferido para a terceira turma: essa com crianças de 8 anos. A professora disse que é porque eu tinha evoluído, mas nunca acreditei muito nisso.

Realmente, nessa turma, os exercícios eram mais difíceis. As vezes, eu achava até que não ia dar conta. Aqueles manés que ainda não tinham aula de educação sexual também eram melhores do que eu. Eu era apenas esforçado. E, um dia, num desses exercícios de atravessar a piscina não sei quantas vezes, eu tive uma falta de ar. Chamaram minha mãe (que vergonha!!) e fui parar no médico.

Foi assim que tive a minha crise de asma emocional (foi o que atestaram!), abdiquei da carreira de nadador e deixei o César Cielo reinar sozinho. Parti para o vôlei.

1 comentários:

Unknown disse...

ai nçao aguento. fico imaginando vc falando isso tudo. me acabei de rir. só vc para me alegrar num sábado brigando com mamy. valeu. beijinhos

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