Dia das crianças de 2002. Tinha certeza que aquele era o dia mais feliz da minha vida. Tinha acabado de sair do camarim de Sandy e Junior no Maracanã e não tinha chorado (minha mãe havia dito que eu ficaria horrível se saísse chorando na foto)! Eu mal podia acreditar. Agora, o carinha da Central de Fã Clubes nos levava para o gramado. Era a primeira vez que eu ia ao Maracanã.
Foi inevitável dar um giro de 360º com a boca aberta quando chegamos no gramado. Tudo tão grande. Tão cheio de gente. Assustador. O carinha levou todo mundo para um setor lá atrás, muito ruim. Não era ali o meu lugar. Eu tinha comprado ingresso para a primeira fila. A minha mãe estava lá esperando por mim.
- César (era esse o nome dele), você disse pra minha mãe que você ia me levar até ela depois do camarim, lembra?
- E cadê ela?
- O nosso setor é o VIP PREMIUM.
- Você tá com o ingresso?
- Não. Tá com ela.
- Assim não dá! Não posso entrar com você lá sem o ingresso! Você tinha que ter pego!
- E cadê ela?
- O nosso setor é o VIP PREMIUM.
- Você tá com o ingresso?
- Não. Tá com ela.
- Assim não dá! Não posso entrar com você lá sem o ingresso! Você tinha que ter pego!
O-ou. Climão. Fazia sentido o raciocínio dele. Mas pegar o ingresso era a última coisa que eu pensaria minutos antes de ir conhecer a Sandy e o Junior. E agora, José? Liguei pra minha mãe. Vivo não tava funcionando lá. Quem patrocinava o show era a Oi. Daí já viu, né. Não conseguia contato com mamãe. Fui andando pra entrada do Vip Premium numas de acenar pra ela.
De onde eu tava, eu nem a via. Contei o meu drama pro recepcionista do setor. A príncipio, ele não acreditou, mas diante da minha insistência, ele chamou outros funcionários. O cara perguntou qual era a cadeira que minha mãe estava. Eu disse. Ele foi lá chamar ela. Voltou sem ela. Não a encontrava. Repeti. Ele foi e voltou várias vezes e nada. As vezes, o Maracanã começava a gritar. Parecia que o show ia começar. Ficava desesperado. Quase chorando. O recepcionista do setor falou:
- Olha, garoto, vou fingir que não tô vendo, aí você pula essa grade e vai encontrar a sua mãe.
Adorei a idéia, né. E lá fui eu pular. Só que, gente, eu nunca fui bom com nada radical. E pular grade, pra mim, é radical. Torci o meu pé. Chorei. E, sentindo o filho em apuros, apareceu a minha mãe.
- Que que você tá fazendo aí? Tô te esperando há um tempão! Nosso lugar é ótimo! Vem!
E aí o show começou. E eu esqueci que meu pé tava doendo. Afinal, eu era fã.
2 comentários:
IUSHADIAUSHDIAUSDHIUSDHISUDSD
vc é muito desses..fez mo drma c o pé e dps até se desfocou...so tu msm
Maraca foi o auge, dia das crianças perfeito...nao se faz mais dias assim né?
O q vai ter amanha? Nada, nao tem mais SJ o/
PIOHASDIOHASOIDHASDHAOSIHDSD
Sempre rolando algum problema... hahahahahahaha
Realmente não consigo imaginar você pulando a grade! Não é desses.
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