Como bom carioca, desde pequeno eu aprendi um fato: nada some, tudo é roubado. Por isso que, quando a minha borracha sumiu durante a aula da tia Maria Lúcia, eu gritei:
- Roubaram a minha borracha!
E o climão estava instalado. A professora disse que ninguém ia pra casa até que ela fosse encontrada. Todo mundo começou a procurar por ela embaixo das carteiras, dentro dos estojos com a desculpa de 'peguei sem querer' e, por fim, abriam as mochilas e mandavam eu olhar. Já tinha passado da hora da saída e eu estava indo de mesa em mesa revirando o material de um por um. Quem não abrisse a mochila, seria tido como ladrão em potencial.
Não vou negar: no início, estava achando a caça ao ladrão muito divertida. Uma caça à impunidade. Mas nunca fui bom em procurar nada. Depois de 15 minutos, eu já estava me cansando e pensando: é só uma borracha, a gente não pode ir embora mesmo?
O material de quase toda a turma já havia sido fiscalizado por mim e nada de encontrá-la. Quem roubou, escondeu bem, pensei. Resolvi dar uma olhada no chão de novo. E ali, agachado, eu vi a borracha. Eu achei a borracha! Ela tava... dentro do bolso da minha camisa!
Climão. Eu não podia em hipótese alguma falar pra turma:
Não. Fora de questão. Eu acusei a todos de roubo. Fiz todo mundo ficar depois do horário. Abri a mochila de geral. Eu tinha era que me livrar daquilo sem que ninguém percebesse. Aliás, será que alguém já notou a borracha no meu bolso? Não, né? Preciso pensar rápido.
Joguei a borracha no chão. Assim, discretamente, como quem não quer nada. E fui pro outro lado da sala continuar procurando. Sonso. Desde criança. E enquanto eu tava lá, fazendo o meu teatro, alguém gritou:
E todo mundo olhou pra pessoa com cara de desconfiança, enquanto emitiam sons acusatórios. Coitado. Agradeci, peguei o que era meu 'de volta', e fui embora.
Não vou negar: no início, estava achando a caça ao ladrão muito divertida. Uma caça à impunidade. Mas nunca fui bom em procurar nada. Depois de 15 minutos, eu já estava me cansando e pensando: é só uma borracha, a gente não pode ir embora mesmo?
O material de quase toda a turma já havia sido fiscalizado por mim e nada de encontrá-la. Quem roubou, escondeu bem, pensei. Resolvi dar uma olhada no chão de novo. E ali, agachado, eu vi a borracha. Eu achei a borracha! Ela tava... dentro do bolso da minha camisa!
Climão. Eu não podia em hipótese alguma falar pra turma:
- Pegadinha do Malandrooooo! Ela estava comigo o tempo todo! Aháááá!
Não. Fora de questão. Eu acusei a todos de roubo. Fiz todo mundo ficar depois do horário. Abri a mochila de geral. Eu tinha era que me livrar daquilo sem que ninguém percebesse. Aliás, será que alguém já notou a borracha no meu bolso? Não, né? Preciso pensar rápido.
Joguei a borracha no chão. Assim, discretamente, como quem não quer nada. E fui pro outro lado da sala continuar procurando. Sonso. Desde criança. E enquanto eu tava lá, fazendo o meu teatro, alguém gritou:
- Acheeeeei!
E todo mundo olhou pra pessoa com cara de desconfiança, enquanto emitiam sons acusatórios. Coitado. Agradeci, peguei o que era meu 'de volta', e fui embora.
2 comentários:
Você é ridiculo, HUAHUAHHAUHA, ri demais, que comédia cara, visei a cena.
Você contando é ainda melhor!!! Me acabo!
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